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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

PADRE FÉLIX FILHO



FÉLIX BATISTA FILHO –É jornalista e padre casado. Foi aluno do ITER e do SERENE II. Ordenado por Dom Helder Câmara, fêz parte do clero da arquidiocese de Olinda e Recife.
É coordenador da Seccional – PE da Associação RUMOS, movimento dos padres casados no Brasil. É também o "Obdusman" do jornal RUMOS, editado pela associação dos padres casados, onde tem uma coluna mensal. E também, a exemplo de Dom Helder, vem perseverando no Caminho da Libertação.

Padres casados e suas respectivas famílias, marcaram presença no Recife, no mês de janeiro, no IX Encontro Nacional de Padres Casados.
O evento foi organizado pela Associação Rumos, entidade que reúne quase cinco mil padres casados no Brasil.
Com o tema "Ano 2000, um Desafio", o encontro debateu a situação da família a partir do ponto de vista da mulher, do jovem e do padre.
Durante os três dias do Congresso, realizado na Associação Atlética do BANDEPE, em Campo Grande, os padres tiveram a oportunidade de mostrar à Igreja e à sociedade, sua capacidade de organização.
Existem mais de cem mil padres casados em todo o mundo. Eles estão organizados na Federação Internacional, com sede atualmente em Madri. A entidade defende o celibato opcional para o clero romano. No Brasil, o movimento das famílias dos padres casados vem crescendo nos últimos anos. Até pouco tempo, os padres quando deixavam o ministério para casar, eram perseguidos dentro da própria Igreja. Por isso, muitos se isolaram e preferiram o esquecimento. O movimento congregou, deu vida e organização aos padres casados.
A luta do movimento não é contra o celibato. Este deve existir como um bem para a própria Igreja. Sinal da presença de Deus no meio de seu povo. Homens e mulheres celibatários por opção, conscientes e felizes. Livres em busca do Reino de Deus.
O que os padres casados não aceitam, é a imposição do celibato obrigatório e sua vinculação presbiteral. Trata-se de uma mera norma disciplinar da Igreja. Não existe preceito Bíblico, Dogma ou questão de Fé, que fundamente o celibato obrigatório para o clero.
De todas as Igrejas Católicas Cristãs, só a Romana exige o celibato para os seus sacerdotes. Nas Igrejas Católicas Ortodoxas, convivem padres celibatários e casados. A própria Igreja Romana só instituiu o celibato obrigatório depois de mil anos de cristianismo: no ano 1139, no Concílio de São João, realizado em Roma, sob o comando do para Gregório Magno.
A luta pelo celibato opcional é, antes de tudo, uma questão de direitos humanos. Não deve ser apenas debate exclusivo do clero, mas de todo o Povo de Deus. Toda comunidade tem o direito à celebração da Eucaristia. A crise da falta de sacerdotes é um dos problemas mais graves enfrentados pela hierarquia. A solução do celibato obrigatório passa por mudanças no poder da própria cúpula da Igreja. Exige democratização nas decisões.
Bom número de padres casados, juntamente com suas famílias, têm desejo de servir de alguma forma ao Povo de Deus. São homens preparados intelectualmente e com larga folha de serviços prestados a várias comunidades. De acordo com o Código de Direito Canônico, o padre casado, atualmente, fica proibido de exercer suas atividades ministeriais. Entretanto, ele não deixa de ser padre. O próprio Código suspende a proibição, no cânon 1135, para que o sacerdote casado possa atender fiéis que se encontrem em perigo de morte.

Fonte: Associação Rumos




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