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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

JOVENS FIRMES NA FÉ

Desde o início do mês de agosto que estamos buscando resgatar os nossos jovens que encontram-se como ovelhas perdidas. muitas são as cidades em que as drogas tem sido a destruição de muitos adolescentes e jovens, que fazem qualquer coisa para usufruir deste mal. Na verdade, ela tem sido um "mal estar" na sociedade atual. O que fazer? Aliás, o que estamos fazendo como Igreja de Jesus Cristo? Precisamos sim, ter as mesmas atitudes do nosso Mestre. Creio, que Jesus não iria se preocupar com as missas, as reuniões de pastorais, as missões nas nossas paróquias, enfim, Ele iria ao encontro deste grande rebanho, o qual precisa de nossa ajuda. Os jovens não estão  mais nas nossas Igrejas, infelizmente tenho que fazer esta afirmação. Tenho me deparado com esta realidade nas paróquias por onde passo, partilhei esta minha angústia com o Pe. José Silva numa conversa muito franca.
Veja o que escreveu o Cardeal Odilo Scherer Arcebispo de São Paulo na Jornada da Juventude:

O tema desta Jornada da Juventude, na Espanha é belo, profundo e tem um significado muito atual: “enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (cf Cl. 2,7). Na Carta aos Colossenses, São Paulo exorta os fiéis a não se deixarem abalar na fé em Cristo e a não se perturbarem com outros ensinamentos e propostas religiosas, ou não-religiosas. “Fiquem firmes na fé em Cristo”, equivale a um apelo a não desanimar e a perseverar diante das dificuldades para ser cristãos.
O tema aponta para o centro da vida cristã: nossa referência essencial a Cristo. Ser cristão é ser discípulo de Cristo; é estar ligado a ele com uma relação estreita e vital; é receber dele a vida nova, mediante a fé e o batismo. Para São Paulo, isso significa “estar nele”, ser edificados sobre ele, estar enraizados nele. Significa que “já não somos mais estrangeiros e estranhos a Cristo e a Deus, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus” (cf Ef 2,11-19). Sem esta referência a Cristo, o cristão perde o rumo e a Igreja, o seu sentido.
A Igreja aponta para Cristo e convida jovens e adultos a encontrá-lo, a se deixar encantar por ele, a experimentar a alegria e a paz de estar em sua companhia; a acolher sua Palavra e seguir seus passos vida afora. Sim, porque Ele é o Salvador, o pastor, que conduz e ama seu rebanho, que dá a vida pelas ovelhas; é a porta aberta, que leva direto ao encontro com Deus; o “pão”, que sacia toda fome e faz viver para sempre; a água, que mata toda a sede; é a luz, que permite caminhar sem tropeços e sem errar o caminho; é a verdade, a vida, o rosto humano de Deus... Isso interessa aos jovens?
Em nossos dias, o cristão encontra-se muitas vezes desafiado a viver sua fé em Deus e em Cristo num contexto de esquecimento de Deus, numa espécie de “eclipse do sentido de Deus”, quando não, de clara negação e rejeição de Deus. Renascem movimentos de ateísmo militante e de negação e combate do sentido da fé e da vivência religiosa. Sempre mais se afirma o laicismo na vida pública e se pretende até legislar para tirar dos espaços públicos os sinais e símbolos da fé, sob o pretexto de preservar a liberdade daqueles que não crêem. Crer, ofende a quem não crê?! Em nome do “Estado laico”, pretende-se relegar a fé e a religião, no máximo, para o espaço da vida privada, sem lhes reconhecer alguma relevância para o convívio social.
No entanto, quando se coloca Deus de lado, também o homem e o mundo perdem seu sentido. Sem uma referência consciente ao Criador, a criatura perde sua identidade e dignidade. O esquecimento ou desprezo de Deus estão na origem de tantos problemas do mundo e da sociedade. Por isso, é necessário e urgente que se reconheça novamente o primado de Deus na vida do homem. “Tudo muda, dependendo se Deus existe, ou não existe” (Card. Ratzinger, Jubileu dos catequistas, 10.12.2000).
Na sua Mensagem para a Jornada Mundial da Juventude de Madrid, o papa Bento XVI escreve: “Deus é a fonte da vida; eliminá-lo, equivale a separar-se desta fonte e, inevitavelmente, privar-se da plenitude e da alegria. Sem o Criador, a criatura se dilui” (Gaudium et Spes, 36).
A fé é um dom de Deus, que ilumina a vida daquele que crê e a transforma. Só com a fé em Deus, mediante a qual o homem pode entrar em comunhão com Deus e estabelecer com ele um laço de confiança, é que a vida encontra sua plenitude. “Tu nos fizeste para ti, Senhor, e nosso coração anda inquieto enquanto não repousa em ti novamente, Senhor” (S.Agostinho).
A fé nos faz aderir firmemente a Deus e a tudo o que Ele significa e revelou para nós. Com freqüência, o ato de fé é incompleto: “creio em Deus, mas...” Existe a tendência de fazer cortes e exclusões no conjunto das verdades da fé e, sobretudo, de desvincular a fé da vida: na prática, vive-se como se Deus não existisse, ou nada significasse para nossa vida e para o mundo. Um Deus “excluído” do mundo não equivale ao Deus da revelação bíblica e da fé cristã.
Jovens e menos jovens terão, em Madrid, uma bela oportunidade para se firmarem na fé, junto com o Papa, os bispos e sacerdotes, e com tantos outros jovens, que para lá acorrerão (ou voarão...), de todas as partes do mundo! Sim, graças a Deus, não há só carentes e sedentos de fé em nossos dias, mas também testemunhas, que a vivem alegremente. Em Madrid veremos muitos jovens, firmes na fé!
Amados leitores, como Povo de Deus, precisamos fazer com que os nossos jovens retornem à casa do Pai, voltem a serem homens e mulheres de fé. Esta é a nossa missão como discípulos de Jesus.

Texto corrigido pela Equipe do Blog Bom Pastor.

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