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domingo, 7 de agosto de 2011

LITURGIA DOMINICAL: JESUS ANDA SOBRE AS ÁGUAS


    

Leituras: (lRs 19,9a.1l-13a / Salmo: Sl 84/ Rm 9,1-5 / Mt 14,22-33)

No Evangelho de domingo passado Jesus multiplicou os pães e os peixes e matou a fome de uma multidão.
Quantos irmãos famintos perambulantes pelas ruas que nos estendem as mãos ou nos pedem uma moedinha para comprar um pão. Quantas pessoas famintas de amor, sedentas de uma palavra amiga, subnutridas de uma atenção, encontramos no nosso dia a dia, e simplesmente as ignoramos com a desculpa de que estamos com muita pressa para administrar a nossa vida, ou mesmo porque estamos indo levar a palavra de Deus a outros irmãos! 
O Evangelho nos apresenta, hoje, o tema da fé. E o faz de uma maneira bastante visual, com um exemplo que todos podemos entender. Crer é parecido, de alguma maneira, a sair da segurança de um barco durante uma tempestade e lançar-se às águas. É isto que Jesus pede que Pedro faça. De alguma forma o desafia a confiar nele. No entanto, Pedro vacila porque se sente inseguro. É possível que nós, em muitas ocasiões, nos sintamos inseguros como Pedro e, assim, busquemos por uma segurança que – como ele – não encontraremos.
O Evangelho relata que Jesus deu a mão a Pedro e o salvou do afogamento. Caríssimos. Vamos dar a nossa mão aos nossos irmãos que estão afundando na vida. Aqueles que por possuírem uma inteligência não igual a sua, não conseguiram continuar em nenhum emprego, e chegaram ao ponto de tão grande desânimo, e ficaram pelas calçadas humilhados a espera de que alguém lhes estenda a mão em forma de uma ajuda. Outros, sofrem da doença chamada preguiça, da qual não conseguiram se livrar. Não os culpe por isso, nem se baseiem nisso para negar-lhes um pouco de comida! Não façam isso, meu irmão, minha irmã! Pois um dia teremos de prestar contas pelas vezes em que não matamos a fome ou a sede de um irmão!...
1ª leitura: 1Reis 19,9a.11-13a
Entre os profetas de Israel, Samuel e Elias têm um destaque todo especial pela firmeza com que eles assumiram a sua vocação.
No caso de Elias, ele é perseguido quando desmascara as aparências que encobrem uma política opressora. Ameaçado de morte, Elias foge para o monte Horeb, lugar da Aliança com Deus, para reencontrar a fonte original da sua missão.
     A manifestação de Deus a Elias, nesta primeira leitura, acontece no momento em que o profeta está cansado e desanimado pela perseguição promovida contra ele a causa da sua pregação pela purificação da religião em Israel. Nessa experiência mística, Elias percebe que Deus não se manifesta no poder ("furacão.. "terremoto"... "fogo") mas na "brisa suave".
2ª leitura: Romanos 9,1-5
Não é uma contradição o fato de que Israel, o povo escolhido, portador da história da salvação, tenha rejeitado Jesus e se tenha excluído da salvação?
Paulo é judeu e o seu desabafo mostra uma "grande dor e contínuo sofrimento no coração" pelo destino do seu povo. A tristeza dele, como apóstolo, é constatar que, depois de tanto esforço, o Evangelho tenha penetrado mais entre os pagãos do que entre os judeus, sendo que eles tinham tudo para chegar ao conhecimento e aceitação de Cristo, como "a adoção filial, a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas... os patriarcas e, ainda, o maior privilegio de todos: "Deles nasceu Cristo segundo a condição humana". No entanto, permanecem fora da comunidade cristã.
     A solidariedade de Paulo pelo seu povo chega ao extremo de aceitar "ser amaldiçoado e separado de Cristo em favor dos meus irmãos de raça e sangue". Certamente, fala como o coração, impulsionado por um amor desinteressado. Está seguro de que nunca irá se separar de Cristo, mas quer expressar de uma forma pungente seu desejo de entrega pelo bem do seu povo.
     Portanto, meus irmãos e irmãs, sejamos cristãos comprometidos com o anúncio do Evangelho. Saibamos que Jesus caminha conosco, e, n'Ele podemos confiar.
Rezemos por todos os padres que no último dia 04 foi o seu dia, para que eles possam ser semeadores da PAZ.

 Na próxima semana a nossa Homilia será feita pelo Pe. José Silva, reitor do Seminàrio Menor Nossa Senhora do Bom Conselho de Amargosa.


Um comentário:

Anônimo disse...

Amei sua homilia. Abraços de sua irmã Paula