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domingo, 3 de julho de 2011

LITURGIA DOMINICAL: SOLENIDADE DE PEDRO E PAULO

LEITURAS:
 
At 12,1-11
 
 2Tm 4,6-8.17 
 
Neste domingo, celebramos a solenidade de São Pedro e São Paulo. O que podemos destacar destes dois grandes apóstolos, dos testemunhos de cada um deles? Pedro e Paulo são bastante diferentes quanto à personalidade, mas idênticos no amor a Cristo e à Igreja. Ambos dão a vida por Jesus Cristo até o martírio em Roma. Dois santos, podemos dizer, que nunca estão parados. Homens como nós, com tantas fraquezas, medos, capazes de trair, mas que tiveram plena confiança em Jesus. E Jesus aposta tudo neles. Dá sempre uma nova chance a Pedro, e Paulo não se cansa de repetir que se tornou apóstolo somente pela graça.
Falando de Pedro e Paulo, podemos falar da grandeza e santidade que eles representam, mas podemos também falar das suas fraquezas e dos seus pecados, e aí, descobrimos que uma coisa leva à outra, pois é exatamente a bondade e a misericórdia do Senhor que muda o coração deles e os transforma até se tornarem de pecadores a grandes santos e a transformar suas vidas num amor humilde e apaixonado pelo Senhor Jesus.
Pedro demonstrou várias vezes o seu caráter, a sua fraqueza, o seu cansaço para entender o coração de Jesus. Lembremo-nos quando Jesus lhe diz: "afasta-te de mim, Satanás!"; ou quando caminhando sobre as águas, duvida e Jesus lhe diz: "homem de pouca fé!" Mas, sobretudo é humano e fraco no momento da paixão de Jesus. Ele que tinha afirmado: "mesmo que todos os outros te abandonem, eu jamais te abandonarei", é o mesmo que na sua fraqueza nega por três vezes a Jesus, jurando nunca tê-lo visto. Entretanto, é esta pobreza de Pedro que encontra o olhar misericordioso de Jesus e por ele se deixa curar.
Depois da ressurreição, às perguntas repetidas de Jesus se ele o ama, responde: "sim, Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo, tu sabes como te amo". E a sua vida, mesmo em meio às dificuldades e fraquezas, será sempre a demonstração deste amor apaixonado pelo seu Senhor, até a prisão, às viagens, e, finalmente, ao martírio.
Também Paulo, fariseu convicto, fanático, perseguidor ferrenho dos cristãos, colaborador do martírio de Estevão, é transformado por Jesus, e, assim, vive o resto de vida numa missão contínua dirigida aos vários povos que ele pode alcançar. Até o momento no qual pode afirmar: "combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Não me resta outra coisa senão esperar a coroa da justiça que o Senhor, o justo juiz, preparou para mim. O Senhor veio em meu auxílio e me deu forças" (II leitura).
Homens frágeis, pecadores, transformados pela misericórdia do Senhor e pela força do seu Espírito. Deram a vida pelo Senhor e estabeleceram as bases da comunidade cristã, a Igreja, destinada a se espalhar por todo o mundo. Aquela de Pedro e de Paulo é a nossa humanidade resgatada; também nós não devemos nunca ficar desencorajados diante das nossas fraquezas, de nossas dúvidas, de nossa falta de fé, mas sempre renovar o nosso amor ao Senhor.
Dois apóstolos diferentes, colunas fundamentais da Igreja, garantindo a unidade desta. Pedro recebe o carisma, isto é, o dom e a tarefa, de ser referência para a unidade e a comunhão entre os que acreditam em Cristo, através do serviço à Verdade. Pedro é a pedra sobre a qual Cristo quis edificar a sua Igreja, a sua comunidade e a ele confia as chaves do Reino. Paulo recebeu a tarefa de difundir a palavra de Verdade, o Evangelho, até os confins da terra, pregando e fundando comunidades cristãs. São santos que encontram no Papa o continuador e o testemunho da missão de Cristo que continua em meio a nós. No Papa, encontra-se a autoridade de Pedro, chefe visível da Igreja e centro de unidade, e no Papa, encontramos o ardor missionário de Paulo. A festa de hoje nos ajuda a renovar a nossa fé. A fé cristã católica não é simplesmente uma fé em Deus ou em Cristo, mas é fé na Igreja. Dizemos no Credo: "Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica". É na Igreja que nós podemos ter uma relação autêntica com Cristo, único Salvador e com Deus, o Pai, que Cristo nos revelou. A solenidade deste domingo nos chama a ser presença ativa, assumindo a nossa responsabilidade na Igreja, para que sejamos sempre mais "comunhão" no interior dela e sejamos sempre mais "missão" no mundo de hoje.
Pedro e Paulo. Simão e Saulo. Dois novos nomes, dois percursos de novidade. Quem encontra Jesus não pode permanecer como era. Porque o Senhor toma aquilo que mais detestamos em nós e nos transforma. A cabeça dura do pescador Simão se faz rocha sobre a qual é construída a Igreja. Disto, ninguém duvida, nem Dan Brown em "Anjos e demônios",quando o professor Langdon, da Universidade de Harvard, encontra-se na frente da basílica de São Pedro e os pensamentos em sua mente neste momento são: "Pedro é a pedra. A fé de Pedro em Deus foi tão firme, que Jesus o chamou de "a pedra", o discípulo sobre cujos ombros Jesus construiria sua Igreja. Neste lugar, pensou Langdon, na colina do Vaticano, Pedro havia sido crucificado e enterrado. Os primeiros cristãos construíram um pequeno santuário sobre o seu túmulo. À medida que o cristianismo se estendeu, o santuário cresceu, passo a passo, até converter-se nesta basílica colossal. Toda a fé católica havia sido levantada, literalmente, sobre são Pedro, a pedra" (Anjos e demônios, cap.118).
A paixão exagerada de Paulo pela lei se transforma em ardor por Jesus Cristo. O que pode unir estas duas figuras tão diferentes? O amor por Jesus Cristo. É Cristo quem coloca os dois em estreita colaboração porque a diversidade de carismas é o que faz crescer.
Em que sentido a trajetória da nossa vida espiritual se identifica com a de Pedro e a de Paulo?
Meus atos dão testemunho de que eu realmente amo a Jesus Cristo?
Meu serviço na minha Igreja local faz crescer a união e o amor na comunidade ou divide-a ainda mais?
Amados irmãos, é importante buscarmos a santidade, infelizmente existem alguns evangélicos que não compreendem o que é ser santo. Eles acham que é invenção da nossa Igreja, isso não é verdade, é Jesus que nos faz oapelo: "sede Santo como meu Pai Celeste". Devemos seguir o Filho de Deus.
Rezemos pelo clero da Diocese de Amargosa que a partir de manhã estará participando do retiro espiritual em Serrinha na Bahia, peçamos a Deus para que faça deste homens verdadeiros missionários apaixonados por Jesus, e, que os mesmos façam a nestes dias a experiência de Pedro e Paulo.

Apoio: Paróquia de São Felipe e São Tiago - Pe. Antonio Gregório
 

5 comentários:

Anônimo disse...

Olá amigo,
Acabei de ler a sua reflexão sobre a Solenidade de Pedro e Paulo, dois grandes homens anunciadores do Evangelho. Participei também da sua enquete. Faço a seguinte afirmação e ao mesmo tempo uma pergunta: O Evangelho diz que a sogra de Pedro estava doente, logo, ele era casado. Por que a Igreja não repensa o celibato, assim os nossos padres seria fiéis realmente ao ministério. o meu vigário tem namorada. Qual a sua opinião como padre casado? Responda-me

Anônimo disse...

Nesta solenidade a nossa Igreja renova a sua missão profética.
Abçs Pe. Nêgo

Anônimo disse...

Pe.Erivaldo, sentir falta na semana passada da sua atualização da Palavra de Deus, creio que foi por causa do São João. Continue anunciando o Evalgelho.

Pe. Edmilson - SSA

Naiá Freitas disse...

olá amor,
Sinto-me orgulhosa de saber que mesmo afastaso do Ministerio Sacerdotal, você continua evangelizando.
Realmente esta questão do celibato é um assunto polemico, mas creio que não fizemos nada de errado.
continue sempre assim amor,tenho certeza que Deus esta do nosso lado.
Eu te amo muito.
Beijão da sua esposa.

O Bom Pastor disse...

Oi amor. Fico feliz em saber que está acompanhando o meu blog. O tema do celibato realmente é polêmico, mas, temos que compreender e aceitar a realidade da Igreja. Amar não é pecado, é Dom de Deus. Um dia o Papa irá rever a situação do celibato.