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sábado, 4 de junho de 2011

LITURGIA DOMINICAL: ASCENSÃO DO SENHOR



1ª LEITURA: AT 1, 1-11

SALMO: 46 (47)

2ª LEITURA: EF 1, 17-23

EVANGELHO: MT 28,16-20

Meus amados irmãos e irmãs, estamos nos aproximando da grande Festa do Espírito Santo, ou seja, no próximo domingo a Igreja celebra a Solenidade de Pentecostes.
A Solenidade da Ascensão completa o ciclo da vida terrestre de Jesus. Ela celebra o Senhor crucificado, morto, sepultado, ressuscitado ao terceiro dia, glorificado e exaltado à direita do Pai com toda glória e poder. Temos a impressão que se encerrou uma etapa ou fechou-se uma porta. Nos Atos dos Apóstolos está escrita: "Uma nuvem o encobriu, de forma que seus olhos não podiam mais vê-lo" (At. 1,9)

Não é o fim de uma etapa. "Jesus sobe ao Pai para realizar seu culto sacerdotal eterno de louvor, ação de graças e intercessão, pedindo ao Pai o Espírito para todos" (Frederici). O prefácio reza: "Ele subiu aos céus a fim de nos tornar participantes de sua divindade". Essa participação nós celebramos, de modo particular, na Eucaristia. Nela nos unimos ao mistério do louvor de Cristo ao Pai, que a seu pedido (de Filho), nos dá o Espírito para a divinização.
Quando se diz que uma nuvem o encobriu, significa uma mudança de relacionamento com Jesus. Indica, como na Transfiguração, que Jesus assume sua divindade, oculta pela humanidade e seu abaixamento na Encarnação (cf. FI. 2,6-11).
Depois da Ressurreição, os discípulos puderam vê-Ia. "Foi a eles que Jesus se mostrou vivo, depois de sua paixão; com numerosas provas. Durante quarenta dias apareceu-Ihes falando do Reino de Deus" (At. 1,3). Em seguida, foi "elevado". Todavia, os discípulos têm a certeza que tira a sombra que a nuvem faz - "Eu estarei convosco todos os dias até o fim do mundo" (Mt 28,20).
2. Ascensão é Nossa Vitória
A Ascensão é um aspecto do mistério de Cristo que mais toca nossa humanidade. Não se trata somente do reconhecimento que Ele foi um ser humano como nós. Mas, sobretudo, que toda nossa humanidade estava unida a Ele. S. Agostinho, ao explicar nossa união em Cristo, escreve: "E assim como Ele subiu sem se afastar de nós também nós subimos com Ele, embora não se tenha ainda realizado em nosso corpo o que nos está prometido... Nele, pela graça, também nós subimos".
No prefácio rezamos: "Ele, nossa cabeça e princípio, subiu aos céus, não para afastar-se de nossa humildade, mas para dar-nos a certeza de que nos conduzirá à glória da imortalidade".
Deste modo somos vitoriosos com Ele. Nossa humanidade está glorificada. Tudo a que é da Filho é nossa. Por isso diz Paulo: "Que Ele abra o vosso coração a sua luz, para que saibais qual a esperança que o seu chamamento vos dá, qual a riqueza da glória que está na vossa herança com os santos" (Ef. 1,18).
3. Sereis Minhas Testemunhas
Não podemos parar na contemplação da alta, mas transformá-la em anúncio. No momento de sua partida, Jesus diz: "Ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar a tudo o que vos ordenei!" (Mt 28,19-20). Cria-se um novo povo unido à vida da Trindade santa. É um momento em que Cristo continua entre nós, ou melhor, em nós Ele continua sua missão.
Como os discípulos foram testemunhas da ressurreição, nós seremos testemunhas da Ressurreição. Nesse sentido, cada Eucaristia nos une a seu mistério de Ascensão.
Neste domingo, coloco nas minhas orações o querido amigo Pe. Fausto que celebra o sétimo dia do falecimento de sua mãe. Que o Cristo Ressuscitado a acolha em seu Reino.

(Homilia - Erivaldo Alcântara)

2 comentários:

Anônimo disse...

Estas palavras tocaram o meu coração. Que Deus possa agir sempre na vida da comunidade.

Milagres - Bahia

Anônimo disse...

Fiquei feliz em saber do seu blog. Gostei muito.

Abraços - Maurino