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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

NAVEGAR E VIVER É PRECISO



Certamente você que navega na internet, também navega no grande mar da vida.
A diferença é que no mar da vida nada é virtual, tudo é real.
Nesse caso você precisa guiar sua vida de modo sábio e na direção certa.
Quem poderá guiá-lo então, num cotidiano de altos e baixos, de sorrisos e lágrimas, de bonança e temporal, de morte e vida?
Só alguém maior que o sol e as estrelas, só alguém maior que a chuva e o vento, só alguém maior que o universo, a morte e a própria vida, só alguém maior que você mesmo para mostrar claramente que rumo tomar.
Jesus Cristo disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por Mim." (João14:6) Navegue com segurança no mar da vida.
Jesus Cristo é perito o bastante para guiar teu barco a um porto seguro.

(Pr. Edilson Ramos)

ROSA DE SARON: A BUSCA DE DEUS

MENSAGEM DE OTIMISMO: PARÁBOLA DA ROSA




Um homem plantou uma rosa e passou a regá-la constantemente.

Antes que ela desabrochasse, ele a examinou e viu o botão que em breve desabrocharia, mas notou espinhos sobre o talo e pensou,

"Como pode uma flor tao bela vir de uma planta rodeada de espinhos tão afiados?"

Entristecido por este pensamento, ele se recusou a regar a rosa e antes mesmo de estar pronta para desabrochar, ela morreu.

Assim é com muitas pessoas.

Dentro de cada alma há uma rosa:

Sao as qualidades dadas por Deus.

Dentro de cada alma temos também os espinhos:

Sao as nossas faltas.

Muitos de nós olhamos para nós mesmos e vemos apenas os espinhos, os defeitos.

Nós nos desesperamos, achando que nada de bom pode vir de nosso interior.

Nos recusamos a regar o bem dentro de nós, e consequentemente, isso morre.

Nunca percebemos o nosso potencial.

Algumas pessoas nao vêem a rosa dentro delas mesmas.

Portanto alguém mais deve mostrar a elas.

Um dos maiores dons que uma pessoa pode possuir ou compartilhar é ser capaz de passar pelos espinhos e encontrar a rosa dentro de outras pessoas.

Esta é a característica do amor.

Olhar uma pessoa e conhecer suas verdadeiras faltas.

Aceitar aquela pessoa em sua vida, enquanto reconhece a beleza em sua alma e ajudá-la a perceber que ela pode superar suas aparentes imperfeições.

Se nós mostrarmos a essas pessoas a rosa, elas superarão seus próprios espinhos.

Só assim elas poderão desabrochar muitas e muitas vezes.

Portanto Sorriam e descubram as rosas que existe dentro de cada um de vocês e das pessoas que amam...

Autor desconhecido


GRITO DOS EXCLUÍDOS É A VOZ DA IGREJA CATÓLICA


Para repercutir o tema do Grito dos Excluídos deste ano, “Pela vida, grita a Terra... Por direitos, todos nós!”, a coordenação do evento promoverá nesta quinta-feira, dia 1º, na sede do Regional Sul 1 da CNBB (São Paulo), entrevista coletiva com o bispo de Jales (SP), dom Demétrio Valentini e representantes de movimentos sociais, entre eles Ari Alberti, da Coordenação Nacional do Grito.
O chamado novo Código Florestal que tramita no Congresso será um dos temas da coletiva. Segundo os organizadores do Grito, é necessário que às vésperas da Rio +20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, em 2012) as organizações populares dos diversos setores se posicionem sobre estes temas tão importantes.
O Grito dos Excluídos é um evento nacional, e em 2011 celebra sua 17ª edição. De 1° a 7 de setembro serão realizadas ações, seminários e manifestações em todo o país, a fim de afirmar que a vida deve estar em primeiro lugar.

 
Fonte: CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil)

CANTAR PARA DEUS É ENCANTAR AS PESSOAS QUE AMAMOS

MENSAGEM DE REFLEXÃO: PAR PERFEITO

Uma mensagem interessante sobre o par perfeito: Era uma vez um anjinho muito distraído chamado AMOREL, que recebeu uma incumbência de Deus:

- AMOREL, acabo de inventar os humanos. Eles estão classificados como homem e mulher, cada um tem seu par perfeito e já estão todos alinhados de par em par. Pegue esta bandeja com humanos e leve para que eles habitem a Terra.

AMOREL ficou contente pois, há muito tempo, o Senhor não o chamava para tão nobre trabalho. O anjinho pegou a bandeja e ao virar uma esquina lá no céu, trombou com uma anjinha chamada AMANDA.

A bandeja voou longe, e todos os casais de humanos se misturaram.

AMOREL e AMANDA ficaram desesperados e foram contar para Deus o ocorrido e o Senhor falou: - Vocês derrubaram, vocês juntarão! Porém, parece que Deus se esqueceu que os anjinhos eram distraídos. E é por isso que a cada dia os casais se juntam e se separam. Os dois anjinhos, trabalham incessantemente para que o par perfeito original se encontrem.

O trabalho é muito difícil, tanto é, que por muitas vezes eles juntam pares errados, pois os humanos espalhados ficam inquietos e cobram o serviço dos anjinhos, o tempo todo. Quando os humanos se mostram muito desesperados, os anjinhos unem dois desesperados, mas logo depois percebem o engano e os separaram, e por muitas vezes, esta separação é brusca, pois não se tem tempo a perder.

Recebi um bilhete dos dois anjinhos e vou mandar pra você agora.

"Se você é um humano, queremos pedir desculpas pela nossa distração, pois errar não é só humano! Estamos trabalhando com empenho, porém, sempre contando com a ajuda de vocês. Não se desesperem mas também, não se isolem.

Tentem se mostrar realmente, quem é cada um de vocês, pois a medida que cada um mostrar o que é de verdade, vai tornar o nosso trabalho mais fácil. Aproveitamos a oportunidade, para nos desculpar pelas separações abruptas, sabemos que elas geram muito transtorno, mas se nós o separamos de alguém, é por que em algum canto vimos alguém bem mais parecido e por isso precisamos isolá-los para facilitar o encontro."

Autor desconhecido

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

PADRES CASADOS: OS EXCLUÍDOS DA PRÓPRIA IGREJA

A campanha da Fraternidade de 1995, tratou da questão dos excluídos da sociedade. Nada mais justo. Afinal, vivemos num país marcado pela pobreza e marginalização de grande parte da população. De fato, não podemos e não devemos, em nome da nossa fé em Jesus Cristo, esquecer o nosso compromisso com os mais pobres, gritar contra as injustiças sociais e lutar por um mundo mais fraterno.
A Igreja vive o seu verdadeiro papel, quando se torna a voz dos que não têm voz e denuncia, na função profética, toda ação do homem contra o Reino de Deus, e isto passa, necessariamente, na condenação deste modelo injusto de sociedade. Na maioria das vezes, porém, a Igreja hierárquica - não confundir com Igreja Povo de Deus - esquece esta sua missão profética, e os exemplos não faltam, aqui mesmo na nossa Arquidiocese de Olinda e Recife.
A Campanha da Fraternidade de 1995 foi um bom momento para fazer uma reflexão sobre os excluídos da própria Igreja. E a justiça para ser boa deve começar de casa, como afirma o ditado popular. Não se pode falar em excluídos, sem abordar a questão dos padres casados.
É coisa clara: do ponto de vista teológico, ministério e celibato são duas coisas distintas e sua vinculação, com caráter obrigatório é mera norma eclesiástica. O celibato é um carisma concedido a poucos. O ministério prebiteral é, em princípio, oferecido a todos. No Novo Testamento, não existe nenhum vínculo direto e essencial entre ministério e carisma do celibato. A exigência obrigatória do celibato, é decisão tardia: foi decretada, pela primeira vez, no Concílio de Latrão( 1123). A continência obrigatória, essa já tinha sido imposta aos presbíteros casados em fins do século IV.
Atualmente existem mais de 100 mil padres casados em todo o mundo. No Brasil, quase cinco mil, um terço dos padres da ativa, estão casados, fora do ministério sacerdotal, portanto, excluídos oficialmente das atividades da Igreja. Ao obter a dispensa do Vaticano para casar, o sacerdote fica impedido de exercer todas as funções para as quais foi ordenado, ou seja, não pode celebrar missas, batizados, assistir casamentos etc etc. O mais grave vem com as proibições de exercer, até mesmo, atividades que qualquer pessoa pode fazer, como leitura nas celebrações, distribuição de Eucaristia, ensino de religião etc. Portanto, consideramos que os padres casados são os excluídos da Igreja. Atualmente, existem inúmeras comunidades com falta de pastores impedidas do direito à celebração da Eucaristia. Para o teólogo Schillebeeckx, o direito fundamental da comunidade cristã de dispor de presidentes para a celebração da Eucaristia, de modo algum pode ser bloqueado por uma disposição eclesiástica. Sendo assim, na falta prolongada de um ministro ordenado, poderia hoje, o chefe da comunidade atuar como ministro extraordinário, na celebração da Eucaristia, no entender do próprio Schillebeeckx. O primeiro e fundamental na Igreja, não é o ministério, mas a comunidade. E o sentido e a razão do ministério é ser um serviço na comunidade e para a comunidade.
Ao tratar da questão dos excluídos da sociedade, a Igreja Católica Romana deveria olhar, também, para os excluídos dentro de seu próprio clero. Posso afirmar, com toda certeza, que boa parte dos padres casados, estão dispostos a prestarem qualquer serviço à Igreja e principalmente ao povo de Deus. Uma mera norma eclesiástica, que une celibato ao ministério sacerdotal, não pode continuar existindo acima do direito humano.

Fonte: Associação Rumos - Pe. Félix Filho

CELIBATO

A questão do celibato obrigatório para os padres da Igreja Católica não deve ser um tema, apenas, para debate entre os membros do clero. Trata-se de um assunto que deveria interessar também aos leigos. A ordenação de homens casados, bem como o reaproveitamento  de padres que deixaram o ministério sacerdotal, em função do serviço às comunidades, deve ser uma luta permanente de todos.
Um bom exemplo desta questão vem dos Estados Unidos. Em Massachusetts foi criada mais uma organização a favor dos padres casados, chama-se C.I.T.I  (Celibacy Is The Issue) - O tema é o Celibato), fundada pela senhora Louise Hagget.
Ela teve a idéia de fazer uma pesquisa sobre a história do celibato quando, buscando um padre que visitasse a sua mãe já idosa, foi incapaz de achar, devido a falta de clero. Louise Hagget descobriu então, que 20 mil padres (110 mil no mundo inteiro)  haviam deixado o sacerdócio nos últimos 25 anos, 90% para se casarem.
Além disso, descobriu também que a Igreja Católica não hesita em admitir entre seu clero, antigos ministros protestantes casados.
A organização trabalha juntamente com a CORPUS, associação nacional norte-americana dos padres casados. Um de seus projetos é "RENT A PRIEST" (ALUGUE UM PADRE). Baseado no Cânon 290, que diz que "uma vez validamente recebida, a ordenação nunca mais se torna inválida", consequentemente, uma vez padre, é padre para sempre. Nos primeiros 1.200 anos da história da Igreja, tivemos papas, bispos e padres casados. O celibato só foi finalmente regulamentado, como norma disciplinar da Igreja, como condição para alguém exercer o ministério sacerdotal, no ano de 1.046.
        A C.I.T.I. promove encontros de espiritualidade, onde padres casados discutem abertamente, com leigos presentes, temas como o celibato. O objetivo é que tais encontros se efetuem também noutras partes do mundo. O problema da falta de padres é muito grave nos países do terceiro mundo. Aqui mesmo, na Arquidiocese de Olinda e Recife, existem paróquias sem padres e outras em que a comunidade só vê o sacerdote na única missa do Domingo.
        O movimento dos padres casados, através da ASSOCIAÇÃO RUMOS, com seccional funcionando em Recife, se coloca à disposição de todos que desejem debater a questão do celibato obrigatório para o clero da Igreja Católica.
        Esta questão somente será resolvida quando os leigos, efetivamente, se engajarem na luta pela democratização do poder na Igreja.


Fonte: Jornal Igreja Nova

PADRE FÉLIX FILHO



FÉLIX BATISTA FILHO –É jornalista e padre casado. Foi aluno do ITER e do SERENE II. Ordenado por Dom Helder Câmara, fêz parte do clero da arquidiocese de Olinda e Recife.
É coordenador da Seccional – PE da Associação RUMOS, movimento dos padres casados no Brasil. É também o "Obdusman" do jornal RUMOS, editado pela associação dos padres casados, onde tem uma coluna mensal. E também, a exemplo de Dom Helder, vem perseverando no Caminho da Libertação.

Padres casados e suas respectivas famílias, marcaram presença no Recife, no mês de janeiro, no IX Encontro Nacional de Padres Casados.
O evento foi organizado pela Associação Rumos, entidade que reúne quase cinco mil padres casados no Brasil.
Com o tema "Ano 2000, um Desafio", o encontro debateu a situação da família a partir do ponto de vista da mulher, do jovem e do padre.
Durante os três dias do Congresso, realizado na Associação Atlética do BANDEPE, em Campo Grande, os padres tiveram a oportunidade de mostrar à Igreja e à sociedade, sua capacidade de organização.
Existem mais de cem mil padres casados em todo o mundo. Eles estão organizados na Federação Internacional, com sede atualmente em Madri. A entidade defende o celibato opcional para o clero romano. No Brasil, o movimento das famílias dos padres casados vem crescendo nos últimos anos. Até pouco tempo, os padres quando deixavam o ministério para casar, eram perseguidos dentro da própria Igreja. Por isso, muitos se isolaram e preferiram o esquecimento. O movimento congregou, deu vida e organização aos padres casados.
A luta do movimento não é contra o celibato. Este deve existir como um bem para a própria Igreja. Sinal da presença de Deus no meio de seu povo. Homens e mulheres celibatários por opção, conscientes e felizes. Livres em busca do Reino de Deus.
O que os padres casados não aceitam, é a imposição do celibato obrigatório e sua vinculação presbiteral. Trata-se de uma mera norma disciplinar da Igreja. Não existe preceito Bíblico, Dogma ou questão de Fé, que fundamente o celibato obrigatório para o clero.
De todas as Igrejas Católicas Cristãs, só a Romana exige o celibato para os seus sacerdotes. Nas Igrejas Católicas Ortodoxas, convivem padres celibatários e casados. A própria Igreja Romana só instituiu o celibato obrigatório depois de mil anos de cristianismo: no ano 1139, no Concílio de São João, realizado em Roma, sob o comando do para Gregório Magno.
A luta pelo celibato opcional é, antes de tudo, uma questão de direitos humanos. Não deve ser apenas debate exclusivo do clero, mas de todo o Povo de Deus. Toda comunidade tem o direito à celebração da Eucaristia. A crise da falta de sacerdotes é um dos problemas mais graves enfrentados pela hierarquia. A solução do celibato obrigatório passa por mudanças no poder da própria cúpula da Igreja. Exige democratização nas decisões.
Bom número de padres casados, juntamente com suas famílias, têm desejo de servir de alguma forma ao Povo de Deus. São homens preparados intelectualmente e com larga folha de serviços prestados a várias comunidades. De acordo com o Código de Direito Canônico, o padre casado, atualmente, fica proibido de exercer suas atividades ministeriais. Entretanto, ele não deixa de ser padre. O próprio Código suspende a proibição, no cânon 1135, para que o sacerdote casado possa atender fiéis que se encontrem em perigo de morte.

Fonte: Associação Rumos




terça-feira, 23 de agosto de 2011

OBRA MISSIONÁRIA NO PERÚ 2011

  

Até aqui nos ajudou o Senhor    Pucallpa - Ucayali - Perú   >Regiao Selva Peruana
     Local:Templo Monte Sión  (Central)        


















                  Este trabalho é realizado por uma grande missionária brasileira que reside no Perú , por opção aos  pobres busca ser sinal do Reino de Deus e faz um belíssimo trabalho social, sem apoio dos governantes. No início da criação deste blog, escrevemos uma matéria sobre a vida de Milena missionária peruana.

Fotos enviadas por sua irmã Juliana Andrade missionária do Barra do Rocha - Bahia.  

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

RIO SERÁ SEDE DA PRÓXIMA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE


Todos ouviam com atenção o anúncio do Santo Padre Bento XVI.

MENSAGEM DE REFLEXÃO: ROMANOS 8,31

“Mas se Deus é por nós quem é contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio filho mas o entregou por todos nós, não nos dará todas as coisas?”

Amados irmãos, como vocês sabem, hoje sou padre casado, faço parte da Associação Rumos (Movimento dos padres casados). Recebi esta leitura bíblica da minha esposa, e resolvi publicar em meu blog. Ela participa da Igreja Cristã do Brasil, eu, continuo católico, é o livre arbítrio. Só condeno o BATISMO das igrejas, pois, uma vez batizado no Espírito Santo, é único, não há necessidade de ser batizado novamente. O Padre, mesmo casando, ele é sempre será padre.

Desde ontem à noite este texto tomou as minhas entranhas, como diz o profeta Jeremias, a Palavra de Deus sempre consome as nossas entranhas. Diante das situações da vida, esta Palavra veio como uma alerta, um refúgio em Deus, uma segurança para minha vida.
Na verdade, sou apaixonado pelo Apóstolo Paulo, missionário itinerante, não foi por acaso que ele escreveu a comunidade dos romanos. Deus pagou um preço infinito de seu filho por nós, assim, Ele irá fornecer tudo para os que creem nele.
A minha tese de Teologia, foi sobre a missiologia de Paulo: VIDA MISSIONÁRIA. Um dia, escrevendo a minha tese fui dormir pensando: por que este homem que matou tantos Cristãos, hoje é um sinal para nós padres? A resposta veio de imediato nesta mesma carta que minha esposa me deu: “o que nos separará do amor infinito de Cristo, será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez? (Romanos 8:35-36)” Falando sobre a perseguição e assassinato de Cristãos, ele diz “todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou”. Somos mais que vencedores', que é a para a sua felicidade que um conquistador tem seus inimigo aos seus pés. “Você tem angústia, fome, nudez, perigo, perseguição, e lá estão eles, conquistados aos meus pés”. Creio que Deus está agindo em minha vida. Finalizo este comentário com uma pergunta que tem sido constante em minha vida: Se Deus quer que eu seja feliz, por que tanto sofrimento?

Texto: Redigido por Erivaldo Alcântara


PRÓXIMA JMJ SERÁ NO BRASIL: RIO DE JANEIRO




MADRI - Expectativa, responsabilidade e confiança. Assim o arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), dom Orani João Tempesta, recebeu o anúncio de que a arquidiocese vai sediar a próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em 2013.
Em entrevista exclusiva ao portal Jovens Conectados, o arcebispo destacou que o evento é uma oportunidade para revigorar a Fé do povo e para manifestar as raízes cristãs da América Latina.
Reproduzimos aqui a entrevista do Jovens Conectados com dom Orani.

Como o senhor recebe o anúncio da escolha do Rio de Janeiro como sede da próxima Jornada?
Dom Orani:
Recebo com a grande expectativa de podermos cumprir bem nossa missão, com a grande responsabilidade de fazê-la bem e ao mesmo tempo confiando na graça de Deus de poder conduzi-la para que seja um bem para o Rio, para o Brasil e para o mundo.
Que frutos podemos esperar com o trabalho de preparação da Jornada?
Dom Orani:
No trabalho de uma jornada, há um momento que antecede, com a Cruz que visita todas as dioceses, há todo o trabalho de aprofundamento do tema. Acho que todos os preparativos ajudarão muito a nos abrirmos ainda mais ao outro, a acolhermos o diferente e aprendermos com os que vêm de longe a viver a nossa fé; e tenho certeza que os que vêm de longe também irão conhecer um pouco o jeito de ser católico do nosso povo brasileiro.
A Jornada Mundial da Juventude também vai ser um marco para a America Latina e vai movimentá-la em torno do Brasil. Como o senhor vê isso?
Dom Orani:
O Papa Bento XVI está chamando a atenção do mundo para as raízes cristãs da Europa. A América Latina tem muito fortes suas raízes cristãs, que estão se perdendo pouco a pouco devido à falsa compreensão de o que é um país laico; às idéias que vão aparecendo com a crise dos valores. Creio que este momento é de vivermos nossa vocação de um país que tem raízes cristãs e de podermos manifestar isso seja através daquilo que vai acontecer na Jornada, seja também com a vinda do Papa; e de reafirmarmos tudo aquilo que acreditamos que ajude o mundo, o Brasil, a cidade a caminhar cada vez melhor.
O senhor já pode antecipar alguma coisa a respeito da preparação do Rio de Janeiro para a JMJ?
Dom Orani:
Ainda está sendo tudo elaborado. No primeiro momento, vai acontecer o lançamento do site da Jornada em sua primeira versão, e depois disso teremos que organizar várias equipes, que começarão os seus trabalhos.
A cidade já está se preparando para eventos como a Copa do mundo e as olimpíadas. Isso favorece a Jornada?
Dom Orani: A Jornada aconteceria mesmo sem essas estruturas, porque ela acontece na cidade como ela é. Mas não há dúvida de que os preparativos para a Copa e as Olimpíadas ajudarão também no receptivo, nos aeroportos, na locomoção dentro da cidade.
O senhor pode destacar alguns pontos em que, de forma geral, a vinda do Papa pode renovar na vida do carioca?
Dom Orani:
Toda oportunidade é bem-vinda para renovar a vida de todos nós. Também para o povo que vive na cidade do Rio de Janeiro, é uma oportunidade de revigorar a fé, a participação, e principalmente de mostrar o rosto jovem da Igreja do Rio de Janeiro.


BENTO XVI ENCERRA A JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE EM MADRI



MADRI - Pouco antes de embarcar de volta ao Roma, o papa Bento XVI se encontrou com 12 mil  voluntários da 26ª Jornada Mundial da Juventude, que terminou hoje, em Madri, e reuniu mais de um milhão de jovens do mundo inteiro. O encontro foi na Feira de Madri (IFEMA).
Bento XVI disse que seu agradecimento era um dever de justiça e uma necessidade do coração. “Dever de justiça porque, graças à vossa colaboração, os jovens peregrinos puderam encontrar uma amável acolhia e uma ajuda em todas as suas necessidades”, disse o pontífice. “Necessidade do coração porque, não só foram atentos aos peregrinos, mas também ao papa”, completou.
Dois voluntários dirigiram palavras de agradecimento ao Santo Padre. Um deles era uma brasileira que agradeceu ao papa por ter escolhido o Rio de Janeiro para ser a sede da próxima Jornada.
Segundo a Sala de Imprensa da Jornada, mais de 30 mil voluntários trabalharam na Jornada. Destes, 4 mil vieram de outros países. O que mais enviou voluntários, depois da Espanha, foi a Polônia, um total de 1.200.
Identificados por uma camisa verde, com a logo da Jornada, os voluntários eram vistos por todos os cantos da capital espanhola. Acolhendo, tirando dúvidas, indicando direções, orientando sobre o uso do transporte, distribuindo água, auxiliando na imprensa, cuidando da limpeza, ajudando na segurança, eles estavam em todos os lugares.
Segundo o papa, esta experiência vivida pelos voluntários na Jornada enriqueceu os jovens e sua vida cristã. Ele destacou o compromisso do cristão em servir. “Amar é servir e o serviço aumenta o amor”, afirmou.
“Ao voltardes agora para vossa casa, animo-vos a que guardeis no vosso coração esta alegre experiência e a que cresçais cada dia mais na entrega de vós mesmos  a Deus e aos homens”, disse Bento XVI.
Terminado o encontro, que começou por volta das 17:45h (13:45h hora de Brasília) e demorou cerca de 30 minutos,o papa se dirigiu ao aeroporto Bajara onde se deu a cerimônia de despedida.

Nós do blog Bom Pastor, acreditamos ainda em uma Igreja jovem, a nossa juventude demonstrou nesses dias em Madri que mesmo diante dos desafios vividos nos últimos anos, eles são capazes de transformar o rosto da nossa Igreja.



FIRMES EM LA FE - JMJ - MADRI ESPANHA



Apoio: Blogspot Bom Pastor

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE - MADRI - ESPANHA

sábado, 20 de agosto de 2011

SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

Leituras: (Ap 11,19; 12,1-3.6.10 / Sl 44 (45) / l Cor 15,20-27 / Lc 1,39-56)


     Hoje celebramos a maior de todas as solenidades da Mãe de Deus: a sua Assunção Ggloriosa ao céu. A solenidade da Assunção nos presenteia no evangelho com o texto do Magnificat. Trata-se do canto de Maria, ainda grávida de Jesus, que agradece a Deus pela graça recebida. É curioso, e convém sublinhá-lo, o fato de a Igreja nos oferecer um texto evangélico de uma Maria jovem para nos explicar o que aconteceu depois de sua morte. Diz o dogma que Maria subiu ao céu de corpo e alma. Que foi a primeira dentre todos nós. Sua Assunção é sinal e promessa da nossa. Mas a Assunção não foi apenas um fato que aconteceu em um momento determinado. Maria subiu ao céu porque viveu com o olhar posto em Deus. O Magnificat - o canto de Maria, jovem ainda, grávida de seu filho, que se encontra com sua prima Isabel, igualmente grávida - não é apenas uma bela poesia. Trata-se de claro testemunho do estilo de vida de Maria.
Mais tarde, a vemos inquieta. Circulam rumores de que Jesus está fora de si. Um dia, estando a ensinar, vêm dizer-lhe: "Tua mãe e teus irmãos estão lá fora a perguntar por ti". Maria sentia subir a oposição à volta de Jesus. Conhecia o destino reservada aos profetas. Temia pela vida do seu filho. Certamente também estava um pouco perturbada com o seu ensinamento nem sempre coincidente com o dos sumos-sacerdotes. Opor-se àqueles que são considerados os depositários da verdade exige muita lucidez e coragem.
 No Evangelho de João, encontramo-la em Caná. "Já não têm vinho", diz ela ao seu filho, que lhe responde: "Ainda não chegou a minha hora". É um pouco como se Maria desse Jesus à luz para o ministério. Ela diz aos criados, simplesmente: "Fazei o que ele vos disser"
.
 Junto à cruz, está de pé. Assume até ao fim. Jesus dirige-se à sua mãe pela última vez. Solenemente chama-lhe "mulher" e acrescenta "eis aí o teu filho", designando João de pé ao lado dela. A este diz-lhe "eis a tua mãe!"
. Palavra terna e cruel. O seu filho, aquele que ela trouxe no ventre, deu à luz, criou, amou, horrivelmente morto, confia-lhe um outro filho a quem, ao mesmo tempo, a confia. Como se um filho pudesse substituir outro! A maternidade não pode dobrar-se sobre si mesma, deve continuar a dar vida.
 Nada nos é dito de Maria e da Ressurreição, isso aconteceu no segredo do seu coração.
 Voltamos a encontrá-la no cenáculo, o quarto do sótão onde, depois da partida de Jesus, os discípulos se encontravam "unânimes, dizem-nos os Atos dos Apóstolos, assíduos à oração, com algumas mulheres, entre as quais Maria, a mãe de Jesus, e os seus irmãos". É a primeira imagem, simples e bela, da Igreja nascente: os amigos de Jesus, homens e mulheres, seus irmãos, sua mãe, todos juntos na expectativa do Espírito.

Esta é, portanto, a festa de plenitude de Nossa Senhora, a sua chegada a glória, no seu destino pleno de criatura. Nela aparece claro a obra da salvação que Cristo realizou! Ela é aquela Mulher vestida do sol, que é Cristo, pisando a instabilidade deste mundo, representada pela lua inconstante, toda coroada de doze estrelas, número da Israel e da Igreja! A leitura do Apocalipse mostra-nos tudo isso; mas, termina afirmando: "Agora realizou-se a salvação, a força e a realeza do nosso Deus e o poder do seu Cristo!" Eis: a plenitude da Virgem é realização da obra de Cristo, da vitória de Cristo nela!
Quanto nos diz esta solenidade! A oração inicial, citada no início desta homilia, pedia a Deus: "Dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória". Eis aqui qual deve ser o nosso modo de viver: atentos às coisas do alto, onde está Cristo, onde contemplamos a Virgem totalmente glorificada em Cristo. Caminhar neste mundo sem nos prendermos a ele. Aqui somos estrangeiros, aqui estamos de passagem, aqui somos peregrinos; lá é que permaneceremos para sempre: nossa pátria é o céu, onde está Cristo, nossa vida! O grande mal do mundo atual é entreter-se com seu consumismo, com sua tecnologia, com seu bem-estar, com seu divertimento excessivo e esquecer de viver atentos às coisas do alto. Mas, pior ainda, os cristãos também muitas vezes são infectados por essa doença! Nós, que deveríamos ser as testemunhas do mundo que há de vir, quantas vezes vivemos imersos, metidos somente nas ocupações deste mundo – muitos até com o pretexto de que estão trabalhando pelos irmãos e por uma sociedade melhor. Nada disso! Os pés devem estar na terra, mas o coração deve estar sempre voltado para o alto! Não esqueçamos: nosso destino é o céu, participando da glória de Cristo, da qual a Virgem Maria já participa plenamente! Aí, sim, poderemos cantar com ela e como ela: "A minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador: o poderoso fez em mim maravilhas!" Seja ele bendito agora e para sempre.

Continuemos a nossa corrente de oração por Patrícia Rauédys, para que o Bom Deus lhe conceda uma boa recuperação, e que a sua nova visão seja para contemplar as coisas Alto, ou seja, a Palavra de Deus.

Homilia feita pelo Pe. Erivaldo Freitas (Pe. Casado - Associação Rumos)




"A IGREJA PRECISA DE VÓS"... AFIRMA O PAPA AOS JOVENS



MADRI - O papa Bento XVI às 19:30h (horário local), na Praça Cibeles, em Madri. O papa deixou a residência da Nunciatura Apostólica, onde está hospedado, às 19:15h de papamóvel até à Porta de Alcalá, um dos monumentos mais importantes de Madri . Aí desceu, recebeu as chaves da cidade das mãos do Alcade de Madri, Alberto Ruiz-Gallardón.
Durante todo o trajeto, o papa pode sentir a animação e euforia dos jovens,que gritavam seu nome e agitavam suas bandeiras numa demonstração enorme de carinho pelo sucessor de Pedro. Nem mesmo o sol de quase 40º tirou o ânimo da juventude que, desde cedo, tomou as ruas da cidade e lotou as estaçoes de metrô com uma vibração de assustar a quem não sabia o que estava acontecendo. Tudo para ficar o mais perto possível do papa.
O papa saudou os jovens presentes na praça em cinco línguas. Aos de língua portuguesa convidou a “subir até a fonte eterna da vossa juventude e conhecer o protagonista desta Jornada Mundial e, espero, de vossa vida: Cristo Senhor”. Ele exortou os jovens a edificarem suas vidas na Palavra de Cristo. “A Igreja precisa de vós e vós precisais da Igreja”, afirmou.
No seu discurso, após a leitura do evangelho de São Mateus, o papa alertou os jovens para não sucumbirem à tentação de decidirem por si mesmos o que é verdade ou não.
“Há muitos que, julgando-se deuses, pensam que não têm necessidade de outras raízes nem de outros alicerces para além de si mesmos. Desejariam decidir, por si sós, o que é verdade ou não; o que é bom ou mau, justo ou injusto; decidir quem é digno de viver ou poder ser sacrificado nas aras de outras preferências”, disse.
“Estas tentações estão sempre à espreita. É importante não sucumbir a elas, porque, na realizade, conduzem a algo tão fútil como uma existência sem horizontes, uma liberdade sem Deus”, acrescentou.
O papa recordou que a pessoa humana foi criada livre, “à imagem e semelhança de Deus”, para ser “protagonista da busca da verdade e do bem”. “Deus quer um interlocutor responsável, alguém que possa dialogar com Ele e amá-lo”, acentuou.
Bento XVI também incentivou os jovens a abrirem o coração para a palavra de Cristo. “Há palavras que servem apenas para entreter e passam como o vento; outras instruem sob alguns aspectos a mente; as palavras de Jesus, ao invés, têm de chegar ao coração, radicar-se nele e modelar a vida inteira. Sem isso, ficam estéreis e tornam-se efêmeras; não nos aproximam d´Ele”, disse o papa.



JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE: APELO DO PAPA BENTO XVI




MADRI - Ao final da via-sacra que presidiu na sexta-feira, às 19:30h (14:30 horário de Brasília), na praça Cibeles, em Madri, o papa Bento XVI pediu aos jovens que sejam animados pelo amor de Cristo a “permanecer junto aos menos favorecidos”.
“Vós, que sois tão sensíveis à idéia de partilhar a vida co os outros, não passeis ao lardo quando virdes o sofrimento humano, pois é aí que Deus vos espera para dardes o melhor de vós mesmos: a vossa capacidade de amar e de vos compadecerdes”, disse o papa.
Bento XVI disse que Deus não está alheio ao sofrimento humano. “A paixão de Cristo incita-nos a carregar sobre nossos ombros o sofrimento do mundo, com a certeza de que Deus não é alguém distante ou alheio ao homem e às suas vicissitudes”.
O papa recordou, ainda, os elementos fundamentais de humanidade que devem marcar a vida das pessoas. “Sofrer com o outro, pelos outros; sofrer por amor da verdade e da justiça; sofrer por causa do amor e para se tornar uma pessoa que ama verdadeiramente: estes são os elementos fundamentais de humanidade, o seu abandono destruiria o mesmo homem”, disse, citando sua encíclica Spe Salvi.
O trajeto da via-sacra ficou tomado pela multidão de jovens que participam da 26ª Jornada Mundial da Juventude na capital espanhola desde terça-feira, 16. Nas estações foram colocadas imagens do acervo artístico espanhol, as mesmas usadas na Semana Santa.
Durante a via-sacra, a cruz foi levada por jovens que têm algum tipo deficiência. Eles vieram da Terra Santa, Iraque, Albânia, Ruanda e Burundi, Sudão, Japão, Haiti, dentre outros.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE EM MADRI



Bento XVI em Madri: “Venho para exortar os jovens a encontrar-se pessoalmente com Cristo Amigo”.

Ao meio dia desta quinta-feira, 18 (7h de Brasília), os sinos das igrejas de Madri tocaram anunciando que o papa Bento XVI acabara de desembarcar no aeroporto Bajaras, em Madri, para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Acolhido pelos reis da Espanha; pelo arcebispo de Madri, cardeal Antonio María Rouco, e várias autoridades, além de mais de 2 mil jovens, o papa disse o motivo de sua viagem a Madri.
“Venho aqui encontrar-me com milhares de jovens de todo o mundo, católicos, interessados por Cristo ou na busca da verdade que dá sentido genuíno à sua existência. Chego para exortar os jovens a encontrar-se pessoalmente com Cristo Amigo e, assim, radicados em sua pessoa, converter-se em seus fiéis seguidores e valorosas testemunhas”, disse o papa.
Bento XVI condenou a superficialidade, o consumismo e o hedonismo que ameaçam a vida dos jovens. Segundo o papa, os jovens sabem que “sem Deus seria difícil enfrentar estes desafios e ser verdadeiramente felizes”. “A Jornada Mundial da Juventude nos traz uma mensagem de esperança, como uma brisa de ar puro e jovem, com aromas renovadores que enchem de confiança ante a manhã da Igreja e do mundo”, acrescentou.
O papa lembrou também as “tensões e choques” presentes em várias partes do mundo. “A justiça e o altíssimo valor da pessoa humana se dobram facilmente a interesses egoístas, materiais e ideológicos”, afirmou Bento XVI. “Eu volto a dizer aos jovens com todas as forças do meu coração: que nada nem ninguém lhes tire a paz”.
Bento XVI afirmou que é necessário ajudar os jovens as “permanecerem firmes na fé e a assumir a bela aventura de anunciá-la e testemunhá-la abertamente com a própria vida”.
Ao concluir seu discurso, o papa lembrou a cultura e as raízes cristãs da Espanha e seu esforço de superação das dificuldades atuais. “Ainda que haja atualmente motivos de preocupação, maior é o afã de superação dos espanhóis com esse dinamismo que os caracteriza, e que tanto contribuem suas profundas raízes cristãs, muito fecundas ao longo dos séculos.


CONVITE: ENCERRAMENTO DO MÊS DOS JOVENS



Evento: Encerramento do Mês dos Jovens
Igreja Batista Nova Aliança
Local: Alfredo Pereira S/N , Bairro Pioneiro
Cidade: CATÚ-BA
Data: 27 e 28.08 (Sábado e Domingo)
Horário: 19 h
Informações: Pr. Edvaldo (71) 9977 5741

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

MENSAGEM DE REFLEXÃO: O ÚLTIMO FOLHETO



Todos os domingos à tarde, depois do culto da manhã na igreja, o pastor e seu filho de 11 anos saíam pela cidade e entregavam folhetos evangelísticos.
Numa tarde de domingo, quando chegou à hora do pastor e seu filho saírem pelas ruas com os folhetos, fazia muito frio lá fora e também chovia muito. O menino se agasalhou e disse:

-'Ok, papai, estou pronto. '
E seu pai perguntou:
-'Pronto para quê?':
-'Pai, está na hora de juntarmos os nossos folhetos e sairmos.
Seu pai respondeu:

-'Filho, está muito frio lá fora e também está chovendo muito. '
O menino olhou para o pai surpreso e perguntou:
-'Mas, pai, as pessoas não vão para o inferno até mesmo em dias de chuva?'
Seu pai respondeu:
-'Filho, eu não vou sair nesse frio. '

Triste, o menino perguntou:
-'Pai, eu posso ir? Por favor!'
Seu pai hesitou por um momento e depois disse:
-'Filho, você pode ir. Aqui estão os folhetos. Tome cuidado, filho. '
-'Obrigado, pai!'
Então ele saiu no meio daquela chuva. Este menino de onze anos caminhou pelas ruas da cidade de porta em porta entregando folhetos evangelísticos a todos que via.

Depois de caminhar por duas horas na chuva, ele estava todo molhado, mas faltava o último folheto. Ele parou na esquina e procurou por alguém para entregar o folheto, mas as ruas estavam totalmente desertas. Então ele se virou em direção à primeira casa que viu e caminhou pela calçada até a porta e tocou a campainha. Ele tocou a campainha, mas ninguém respondeu. Ele tocou de novo, mais uma vez, mas ninguém abriu a porta. Ele esperou, mas não houve resposta.

Finalmente, este soldadinho de onze anos se virou para ir embora, mas algo o deteve. Mais uma vez, ele se virou para a porta, tocou a campainha e bateu na porta bem forte. Ele esperou, alguma coisa o fazia ficar ali na varanda. Ele tocou de novo e desta vez a porta se abriu bem devagar. De pé na porta estava uma senhora idosa com um olhar muito triste. Ela perguntou gentilmente:

-'O que eu posso fazer por você, meu filho?'
Com olhos radiantes e um sorriso que iluminou o mundo dela, este pequeno menino disse:
-'Senhora, me perdoe se eu estou perturbando, mas eu só gostaria de dizer que JESUS A AMA MUITO e eu vim aqui para lhe entregar o meu último folheto que lhe dirá tudo sobre JESUS e seu grande AMOR. '

Então ele entregou o seu último folheto e se virou para ir embora.
Ela o chamou e disse:
-'Obrigada, meu filho!!! E que Deus te abençoe!!!'
Bem, na manhã do seguinte domingo na igreja, o Papai Pastor estava no púlpito. Quando o culto começou ele perguntou:
- 'Alguém tem um testemunho ou algo a dizer?'
Lentamente, na última fila da igreja, uma senhora idosa se pôs de pé.
Conforme ela começou a falar, um olhar glorioso transparecia em seu rosto.
- 'Ninguém me conhece nesta igreja. Eu nunca estive aqui. Vocês sabem antes do domingo passado eu não era cristã. Meu marido faleceu a algum tempo deixando-me totalmente sozinha neste mundo. No domingo passado, sendo um dia particularmente frio e chuvoso, eu tinha decidido no meu coração que eu chegaria ao fim da linha, eu não tinha mais esperança ou vontade de viver.

Então eu peguei uma corda e uma cadeira e subi as escadas para o sótão da minha casa. Eu amarrei a corda numa madeira no telhado, subi na cadeira e coloquei a outra ponta da corda em volta do meu pescoço. De pé naquela cadeira, tão só e de coração partido, eu estava a ponto de saltar, quando, de repente, o toque da campainha me assustou. Eu pensei:

-'Vou esperar um minuto e quem quer que seja irá embora. '
Eu esperei e esperei, mas a campainha era insistente; depois a pessoa que estava tocando também começou a bater bem forte. Eu pensei:
-'Quem neste mundo pode ser? Ninguém toca a campainha da minha casa ou vem me visitar. '
Eu afrouxei a corda do meu pescoço e segui em direção à porta, enquanto a campainha soava cada vez mais alta.
Quando eu abri a porta e vi quem era, eu mal pude acreditar, pois na minha varanda estava o menino mais radiante e angelical que já vi em minha vida. O seu SORRISO, ah, eu nunca poderia descrevê-lo a vocês! As palavras que saíam da sua boca fizeram com que o meu coração que estava morto há muito tempo SALTASSE PARA A VIDA quando ele exclamou com voz de querubim:,

-'Senhora, eu só vim aqui para dizer QUE JESUS A AMA MUITO. '
Então ele me entregou este folheto que eu agora tenho em minhas mãos.
Conforme aquele anjinho desaparecia no frio e na chuva, eu fechei a porta e atenciosamente li cada palavra deste folheto.
Então eu subi para o sótão para pegar a minha corda e a cadeira. Eu não iria precisar mais delas. Vocês vêem - eu agora sou uma FILHA FELIZ DO REI!!!
Já que o endereço da sua igreja estava no verso deste folheto, eu vim aqui pessoalmente para dizer OBRIGADO ao anjinho de Deus que no momento certo livrou a minha alma de uma eternidade no inferno. '
Não havia quem não tivesse lágrimas nos olhos na igreja. E quando gritos de louvor e honra ao REI ecoaram por todo o edifício, o Papai Pastor desceu do púlpito e foi em direção a primeira fila onde o seu anjinho estava sentado. Ele tomou o seu filho nos braços e chorou copiosamente.
Provavelmente nenhuma igreja teve um momento tão glorioso como este e provavelmente este universo nunca viu um pai tão transbordante de amor e honra por causa do seu filho...
Exceto um. Este Pai também permitiu que o Seu Filho viesse a um mundo frio e tenebroso. Ele recebeu o Seu Filho de volta com gozo indescritível, todo o céu gritou louvores e honra ao Rei, o Pai assentou o Seu Filho num trono acima de todo principado e potestade e lhe deu um nome que é acima de todo nome.
Lembre-se: a mensagem de Deus pode fazer a diferença na vida de alguém próximo a você.
Lembre-se sempre que DEUS te ama e está sempre com vc!

Esta mensagem foi enviada pela irmã Juliana B. de Andrade da Igreja Assembleia de Deus do Barra do Rocha. Obrigado Juliana por está sempre nos presenteando com orações e mensagens. Deus te abençoe.


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

NOSSA SENHORA DAS VITÓRIAS EM ILHÉUS



A igreja da Vitória é um belo prédio do nosso patrimônio cultural, inclusive pela localização, mas não está entre os monumentos considerados importantes, pois ela foi completamente modificada depois que sofreu vários incêndios. Segundo os historiadores e segundo os conceitos mais modernos de patrimônio cultural, pode-se afirmar que esta igreja representa um patrimônio cultural de singular valor, pois traz toda uma lenda que envolve a fé cristã dos colonos portugueses à época das invasões francesa e holandesa no Brasil e uma tradição de fé que perdura até nossos dias.
Segundo Macedo e Ribeiro (1999): “A igreja de Nossa Senhora da Vitória possui uma tradição de ser um dos mais antigos templos católicos do Brasil. Segundo o Orbe Seráfico, de Jaboatão, o templo erguido em meados do século XVI, tem sua origem ligada ao início dos confrontos armados entre os colonos de Ilhéus e a nação Aimoré”. Borges de Barros (1981) afirma que essa igreja está entre os templos mais antigos da Vila de São Jorge e já foi chamada de Nossa Senhora da Neves; depois é que teve seu nome trocado.
Os aimorés entraram em luta com os colonos na capitania de Porto Seguro e se apoderaram da mesma, estendendo seus ataques até a zona rural de Ilhéus, destruindo plantações e engenhos e matando diversas famílias. Os colonos que habitavam a vila de São Jorge reagiram, resistiram e conseguiram afastar os indígenas. Vencer a luta, fato que parecia impossível, fez com que as famílias dos colonos atribuíssem a vitória a uma mulher muito branca, que foi vista por muitas pessoas, inclusive por alguns indígenas, lutando ao lado dos colonos. Na luta com os franceses, os habitantes da cidade eram em menor número, mas, chefiados pelo mais valente, um mameluco chamado Antonio Fernandes, que tinha por alcunha, o Catucadas, por causa da forma como abatia o inimigo. De acordo com Borges de Barros, vinte ilheenses abateram cinquenta e sete franceses.
Historicamente a igreja da Vitória serviu de fortaleza aos ilheenses, quando ocorreram ataques por piratas à vila: franceses, em 1595, e holandeses, em 1638. O dia 15 de agosto é comemorado pela tradição católica como o dia da Assunção de Nossa Senhora, a mãe de Jesus. Nesse dia, é comemorado na cidade de Ilhéus, o dia de Nossa Senhora da Vitória, uma das padroeiras da cidade.
O frei Agostinho de Santa Maria, no “santuário mariano”, conta fatos e fornece informações sobre as imagens da Virgem existentes na vila. Diz ele que, como a imagem primitiva que existia na vila estivesse muito estragada, foi mandada fazer outra em Lisboa, no ano de 1680. Esta imagem teria chegado estragada em Ilhéus, porque a embalagem não havia sido bem feita. Ela teria sido mandada esculpir por um morador da vila de nome Manoel da Costa. Nessa mesma época, um outro devoto, chamado Manoel Dias Filgueiras, rico negociante em Salvador, arrematante do imposto do sal, mandou construir uma nau em Ilhéus. Ao sair da perigosa barra, a embarcação não naufragou por pouco, após ele invocar a ajuda de Nossa Senhora. Em agradecimento ele enviou a imagem danificada para Lisboa, para ser consertada, e ela voltou em perfeitas condições.
No ano de 1887, um incêndio destruiu a igreja com suas imagens, inclusive aquela trazida de Lisboa no século XVII. A imagem que existe atualmente na igreja foi entalhada em Salvador e data do século XIX. A igreja passou um tempo abandonada e foi ficando em ruína, foi quando o coronel Domingos Fernandes da Silva custeou sua recuperação e a obra foi concluída em 1905, tendo sido seu estilo completamente modificado. Em 1913 foi realizada uma nova intervenção, patrocinada pelo mesmo coronel Fernandes.
É com muita fé que o povo de Deus participou hoje da Solenidade à Nossa Senhora, com a presença do Vigário Geral da Catedral e demais padres presentes.



domingo, 14 de agosto de 2011

ENTRE A CRUZ E A CASTIDADE

A humanidade evolui e a Igreja Católica insiste em certos preceitos como o celibato; a verdade é que os padres questionam cada vez com mais veemência até que ponto a sexualidade interfere em sua vocação?
Para muitos religiosos não se trata de um teste de fé, mas de dúvida. E são poucos os que desejam expor a dúvida do celibato abertamente. A tentativa era entrevistar pelo menos um padre que não praticava a castidade e vivia sua sexualidade abertamente – o que foi facilmente encontrado, mas ele deixou bem claro que há certos segredos que não devem ser revelados, mesmo sob anonimato. O preceito da Igreja Católica que prega o celibato para padres, freiras e religiosos de várias partes do mundo tem mais de 900 anos. E, no entanto, a ausência do sexo no corpo e na mente dos religiosos pode ser considerada uma meia falácia. Mesmo muitos daqueles que conseguem sublimar a vida sexual em prol da sua fé e do outro, questionam até que ponto a castidade interfere na vocação ou o contrário.
Atualmente, há 18.685 padres no país e mais de 400 mil no mundo – dados do Anuário Católico de 2006 e do Vaticano. O celibato, seja conceitualmente ou fisicamente, não é fácil para muitos. Alguns padres e freis de Belo Horizonte, entrevistados durante quase dois meses pela Viver Brasil, e que vivem o celibato, preferiram o anonimato para falar livremente do assunto – e não sofrer represálias. Eles não creem em uma mudança imediata por parte da cúpula da Igreja, mesmo assim apostam, em algum lugar do tempo futuro, na transformação da obrigatoriedade celibatária por um motivo simples: o risco de esvaziamento dos seminários e paróquias pelo desinteresse de pessoas que não aceitam a castidade.
Há sete anos, o Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais (Ceris), divulgou estudo que colocou a cúpula da igreja em polvorosa. A pesquisa com 758 padres brasileiros mostrou que 42% deles queriam que o celibato fosse opcional; e 41% afirmavam ter tido envolvimento afetivo com mulheres. Atualmente, não há estatísticas que reforcem ou tragam dados novos sobre o assunto. Há quem tenha encontrado no celibato a sua forma de vida, como é o caso de Z., padre, 30 anos, que há pelo menos sete optou pela castidade. Articulado, Z. conta que é muito assediado, não só pelas moças, mas às vezes pelas próprias famílias, jovens – às vezes é um assédio com cunho sexual, outras meramente pela carência das pessoas. Ele analisa que sempre houve uma mitificação quando o assunto são os padres. Z. não pensa no celibato como uma escada para fortalecer sua fé, mas, sim, para servir melhor sua comunidade.
“Ser padre é um serviço de doação. Tenho liberdade para atender as pessoas no momento que elas precisam. Talvez se tives¬se laços matrimoniais, não seria tranquilo”, afirma. A contradição está no fato de, perguntado se, caso o celibato não fosse obrigatório, pensaria em casamento, não houve titubeio por parte de Z. “Lógico que pensaria em me casar. Não veria o porquê de não fazê-lo”, afirma. O jovem padre vai mais longe e põe o dedo no que considera uma ferida – o Vaticano ignora a realidade brasileira, com religiosos muitas vezes tendo dificuldade em não só viver o celibato, mas também na solidão e sucumbindo a problemas graves, principalmente, ao alcoolismo. “Para o seu próprio bem, a Igreja tem de abrir a discussão dessa obrigatoriedade. Não sei se será amanhã, se verei essa época. Mas, se não houver essa abertura, vamos retroceder”, desabafa.
Não há intenção da Igreja Católica colocar em debate o celibato. O vigário geral da Arquidiocese de Belo Horizonte, monsenhor Judas Tadeu Vivas, afirma que mesmo podendo acontecer uma reavaliação, ele não vê razões fundadas para que a não-obrigatoriedade do celibato possa ocorrer neste momento. “É muito difícil trabalhar sobre hipótese. Penso, no entanto, que a repercussão de uma eventual abolição da lei do celibato teria o mesmo posicionamento que os fiéis têm atualmente em relação à manutenção – os que seriam contra, os que se posicionariam a favor e os indiferentes (a grande maioria)”, afirma Vivas.
Se essa obrigatoriedade não está em questão, pelo menos a sexualidade deveria ser melhor debatida, na opinião do frade e psicólogo Marco Antônio Torres. Como muitos trabalham com o conceito de que o sexo está relacionado a algo sujo, que afasta as pessoas de Deus, a Igreja Católica apropriou-se de uma lógica própria, em que discutir o sofrimento das pessoas que não vivem plenamente sua sexualidade não está em questão. “Se o celibato existe no cristianismo desde o seu nascimento, o mesmo não ocorre com a obrigatoriedade do celibato para os padres, que foram definitivamente proibidos de se casarem apenas no século 11”, afirma. Quase dez séculos depois, Torres afirma que inexiste uma abertura para que os religiosos possam nomear os próprios sentimentos e, a partir daí, lidar melhor com eles. “A vivência do celibato para aquelas pessoas que não lidam bem com ele, pode ser doentia. Já conversei com vários religiosos que estão há décadas na castidade e muitos me falaram que o celibato foi o grande inferno da vida deles”, diz o psicólogo.
Se esse inferno tem duas faces, uma delas pode ser considerada a vida das pessoas que se relacionam com os padres. No início deste ano, 40 mulheres italianas, que mantêm ou mantiveram algum tipo de relacionamento com religiosos, assinaram carta envia¬da ao papa Bento 16, pedindo o fim da obrigatoriedade do celibato. A re¬portagem conseguiu falar com uma delas, Stefania Salomone. A italiana mantém um site (www.ildialogo.org) em que propõe um diálogo para que essas possam se expressar. Para Stefania só há uma explicação para a igreja insistir na manutenção do celibato: o poder e o dinheiro. “Se algo impede alguém de exercer o direito fundamental ao casamento, isso é uma forma de poder. Sabemos, pela história, que a principal razão para a introdução da disciplina do celibato foi econômica – o legado do padre deve retornar à igreja. O celibato não tem nada a ver com a fé, nem com a mensagem de Jesus”, diz. A afirmação da italiana casa-se com a argumentação de alguns historiadores, que acreditam que a decisão de impor o celibato, pelo papa Gregório VII, em 1073, nada mais foi do que uma maneira de evitar que os bens dos bispos e sacerdotes casados fossem herdados por seus filhos e viúvas e saíssem do âmbito da igreja.
Stefânia diz que muitos religiosos nem sequer sabem que o celibato é um assunto problemático em suas vidas. Muitos dos que tiveram relacionamentos com o grupo de mulheres italianas, confessaram que durante o seminário estavam convencidos de que a vocação lhes daria o poder de renunciar ao casamento. “Uma vez fora do seminário, quando atingiam certa idade e imersos na vida paroquial, a tendência era que sentissem uma gran¬de solidão. Mas eles não estavam habituados a falar de si. Por que a vida do sacerdote deve permanecer envolta em mistério e santidade, a fim de acentuar a distância entre ele e outras pessoas?”, questiona.
Quando essa distância é rompida, muitos desses padres se sentem voltando ao mundo dos mortais, como afirma o presidente da Associação Rumos Movimento das Famílias dos Padres Casados, José Edson da Silva, 41, que se afastou do ministério sacerdotal há seis anos. Silva vive em união estável com Maria Lúcia Moura há 15 anos e tem duas filhas, Isabella, 13, e Mariana, 6 anos. “Como bem sabemos, não existe ex-padre. Uma vez ungidos, seremos padres eternamente. Mas, quando fazemos uma opção por constituir família temos que, forçosamente, fazer a opção do altar ou do lar. Dentro desta realidade, somos convidados ao mundo real, pois teremos de abdicar de todo o conforto e segurança”, diz. Apesar de envolvidos o tempo todo pelos fiéis, Silva revela que a vida de um celibatário é solitária. Ele fala da necessidade do calor humano, do aconchego pelo ser humano e de como o corpo necessita de atenção. “E, por essa razão, se passarmos a vida sublimando e escondendo nossas emoções elas poderão se transformar em patologias ou desvios afetivos, como comumente vemos na mídia”, afirma.
Para ele, por mais que se tenha um compromisso de falar em castidade não se pode esquecer que o religioso é um ser de carne e osso. “Acredito que a vivência do amor é a única fonte segura de estarmos mais perto de Deus”, completa.
Nem todos pensam assim, principalmente aqueles que encontraram no celibato uma forma de reafirmar suas vidas. É o caso de F. que é celibatário há 42 anos e já passou dos 60. Para ele, o primeiro princípio para a castidade tem a ver com o conhecimento que cada um tem de si. A sublimação e qualquer outro sentimento ou resolução tem de partir da própria pessoa. É ela quem deve decidir quem é o protagonista da própria vida. “Há pessoas que acham que é rezando que tudo vai se resolver, que Deus é quem vai solucionar o problema. Tudo isso é bobagem. Ela precisa saber em qual valor vai apostar para gerenciar sua vida, porque isso é indelegável. É algo que não podemos passar para ninguém, nem mesmo para Deus.”
O grande problema, na opinião de F., é que alguns dos futuros ou atuais religiosos não estão sabendo exatamente o que querem de suas vidas. Em sua opinião, o sacerdócio virou uma profissão, uma alternativa de rentabilidade, e muitos preferem viver na dubiedade a assumir o conflito. “Padre não fica desempregado”, ironiza. “É preciso que as pessoas vivam o mais livre possível em um valor em que elas possam sair de si para o outro de maneira desinteressada. Não é para negar a genitalidade, mas canalizar essa energia sublimando-a para esse valor maior”, diz F.
Para o professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, William César Castilho a questão do celibato não deve ser somente entendida como uma opção de religiosos. A castidade está presente na vida de muitas pessoas seja por situações ocasionais, circunstâncias da vida, situações orgânicas, emocionais, religiosas, étnicas. “A questão é: por que todo mundo tem que ter o seu par? Não é anormal, tampouco patológico ser celibatário. Talvez o anormal seja todo mundo ter de se casar”, opina.
Para Castilho é possível sim viver bem e integralmente o celibato desde que a escolha desse modo de vida seja feita conscientemente, para que ele não só clarifique suas pulsões como canalize sua energia sexual para outros fins. “Não é admissível um padre que recalque suas pulsões. O celibato não foi feito para recalcar, mas, sim, para redimensionar toda a energia amorosa para a atividade presbiterial”, diz. Aqueles que não conseguem essa canalização não encontram, também, apoio na igreja. É a opinião do presidente da Associação Rumos Movimento dos Padres Casados, José Edson. Ele afirma que ao longo dos séculos a única coisa que a igreja foi capaz de oferecer foi um discurso moralista. “Sexualidade é um conceito amplo e que no senso comum se confunde com o ato sexual em si. Falar de sexualidade é ser capaz de sentir as pessoas como gente e de amar em qualquer situação”, diz. Para ele, a mentalidade de colocar pessoas nos conventos ou seminários para se livrar dos prazeres do mundo foi a pior forma de se viver a sexualidade. “Imaginemos então como evangelizar sem conhecer a si mesmo, sem entender o que se passa com o nosso corpo, sem ser capaz de refletir o verdadeiro sentido da sexualidade humana. Infelizmente, a Igreja ainda está travada e despreparada para tal discussão.”
Muitos colegas padres se afastam de nós, não somos procurados mais para visitar suas paróquias, infelizmente esta realidade é presente em nossas vidas. Lembro que na entrevista com o Padre José Silva, ele dizia que é um choque para quem fica. Muitos não tem a coragem que nós padres casados temos, preferem viver lá e cá. Sabemos que é assim.
Se por um lado há esse choque e o risco de esvaziamento, uma alternativa possível – que não é vista como tal pela Igreja – seria uma maior participação do chamado diácono permanente, uma pessoa de fora dos círculos da Igreja, que poderia ser casada ou não para assumir algumas tarefas antes reservadas aos padres. Neste momento, a Arquidiocese de Belo Horizonte está em processo de convite a 12 pessoas para assumirem essa tarefa. Esses diáconos poderiam fazer batizados ou casamentos, mas, por enquanto, segundo o monsenhor Éder Amantéa, o foco seria um atendimento de assistência social junto às comunidades. A ideia não é de suprir a carência por padres, já que estes não seriam substituídos pelos diáconos. “Será o momento de fazermos um trabalho mais organizado, com pessoas formadoras de opinião, que sejam lideranças em sua comunidade.”
Texto: Eliana Fonseca

Aguarde a próxima publicação da Associação Rumos